11 outubro 2007

Dia 1 - 9:30-10:30

Nick estava concentrado no seu projeto. Luciana, que estava do seu lado, não falava havia alguns minutos. Tudo para acelerar o “passo”.

Repentinamente a porta da sala é aberta. Aparece a mesma pessoa que tinha chamado a atenção deles há pouco tempo atrás.

- Luciana, parece que é da escola do seu filho.
L- Telefonema?
- Não. Visita. É CLARO QUE É TELEFONEMA! Venha logo!

E fechou a porta.

L- Quem ele pensa que é? Carlos?

E olhou para Nicholas, que não fez o mesmo se concentrando no seu trabalho, mas respondeu:

N- O filho dele?
L- Grande merda! Quem manda em tudo é o papaizinho dele.
N- O que você acha que a escola quer?
L- Descobrirei. Volto em instantes.
N- OK.

Luciana se dirigiu a sala do lado. O filho de Carlos não estava mais a vista. Pegou o celular que estava sob a mesa.

L- Alô?
- Senhorita Valêncio?
L- Ela mesma.
- Bem, Srta. Valêncio. Temos algo a falar sobre o seu filho, mas só é possível pessoalmente.
L- Precisa ser hoje?
- Presumo que sim. Precisa ser hoje.
L- Bem, posso ir quando buscá-lo? É que...
- É urgente.

Luciana parou por um breve momento para pensar.

L- OK. Darei um jeito de ir agora e...
- Precisamos da presença do pai dele também. É algo realmente sério.
L- ...
- Srta. Valêncio?
L- Tudo bem. Falarei com o pai dele por agora. Estamos indo para aí.

Despediu-se e desligou. Deixou o celular no mesmo lugar onde encontrou e chegou na sala de onde estava Nicholas sem demora.

N- E aí?

Continuava concentrado no seu trabalho e não olhou para ela.

L- Parece que o Eric aprontou algo hoje e pelo visto foi sério.
N- O que seria sério para uma criança de quatro anos? Cuspir no bebedouro? Não dar descarga no banheiro? Interromper a professora?
L- Isso é REALMENTE sério!

Nick finalmente levantou a cabeça e prestou atenção. Pôde ver que ela estava realmente agitada e preocupada.

N- O que eles lhe disseram?
L- Nada. Mas pediram presença urgente nossa lá.
N- O quê? Não posso sair daqui. Carlos vai me ma...
L- Por mais que você ache que não, estou preocupada com nossos filhos. Eles EXIGIRAM a sua presença e se eles EXIGIRAM, você VAI!

Nick ficou um tempo sem falar, espantado com a reação. Mas logo respondeu.

N- As vezes você age como uma esposa de verdade.
L- Posso não ser uma esposa de verdade, mas sou uma mãe de verdade e temos filhos de verdade. Vai ou não?
N- Não tem jeito. Vamos lá.

10:15

L- Ei, Eric e Wania. Esperem papai e mamãe lá fora. Tenho que falar com a professora de vocês, tudo bem?
N- Sim. É só um pouco e iremos para casa.
E e W- Tudo bem mamãe e papai.
- Que bom que chegaram. Sentem-se.

Luciana e Nicholas sentaram em duas cadeiras da sala da professora de Eric e Wania. Luciana esperou os filhos sairem da sala para falar.

L- O que foi que aconteceu?
- Bem. Hoje na aula dos seus filhos eu pedi para desenhar algo bonito e agradável.
N- E o que... Eric... desenhou?

A professora verificou as gavetas por menos de dez segundos e logo tirou um papel rabiscado e colorido.

- Isto aqui.

No papel era visto uma paisagem normal, casas dos lados, grama no chão e estava bem mal pintado, como qualquer criança de quatro anos faria.

Mas no centro do desenho, estava algo parecido com uma borboleta. Ela estava muito bem pintada e caprichada.

O que chamou a atenção foram os detalhes da borboleta. O rosto era humano, os dentes afiados e escorria algo vermelho de um deles. Provavelmente sangue. O corpo era branco e com muitos pêlos pretos e as patas eram parecidas com a de um pato. As asas eram uma mistura de asas de borboleta com dragão (notaram mais semelhança com uma borboleta devido ao corpo).

Os dois ficaram em silêncio.

- Certo... bem... o que eu me preocupo mesmo é que esse desenho não é apenas parte de uma imaginação de uma criança. Isso que está descendo do dente dessa... coisa! Certamente isso é sangue. O filho de vocês já presenciou a morte de alguém ou assiste a filmes violentos?
L- Não. Eu sou até infantil demais com ele e Nicholas não deixa por menos. Tanto com ele quanto com Wania.
N- Sim. Verdade. Eu estava até comentando com Luciana que devemos agir com mais maturidade com ele.
- Eu não entendo. Não é apenas o sangue... é... essa coisa estranha. Os detalhes nesse animal, ou seja lá o que isso for, são tão bem desenhados e pintados que parece que um desenhista profissional fez isso. Claro que não passaria de um rascunho, mas seria sim por um desenhista profissional. E... o que isso significa? É uma mistura de maluquices. As asas são pontudas... não tem como explicar.

Os dois voltaram ao silêncio.

- Eu recomendo que levem Eric a um psicólogo. Eu conheço um muito bom. Vou ver na minha agenda...
L- Mas... e quanto a Wania?
- Sim. Eu ia comentar isso. Por isso perguntei se foi algo particular com o Eric. Wania fez um desenho lindo de uma floresta com bichinhos bem mal desenhados. Acho que eram coelhos, mas não consegui saber ao certo.

Aquele comentário era engraçado, mas ninguém conseguiu rir com aquela situação.

- Achei o telefone. Vou anotar em um pap...
L- Não precisa. Temos o nosso próprio psicólogo. Falaremos com ele. Podemos ficar com o desenho?
- Acho que é de vocês por direito. Mas sigam o que eu disse. Eric deve estar com algum problema. Nada grave, mas deve ser consertado com rapidez.

Eles concordaram, se despediram e saíram da sala logo após. Seus filhos estavam sentados nas cadeiras que tinham em frente a sala. Esperando pacientemente. Quando viram seus pais foram ao encontro deles. Nicholas segurou Wania e Luciana, Eric.

N- Bom. Vamos para casa.
E- Podemos comer naquele lugar? Digam que sim! Sim!
L- Papai e mamãe precisam trabalhar, fil...
N- Ah. Não custa nada, querida. Vamos lá.
E e W- Eeeeeeeeeeeeeee!

Luciana apenas concordou sem muita empolgação e foram para o carro. Wania e Eric estavam alegremente falando o dia na escola e Luciana e Nicholas apenas concordavam e faziam pequenos comentários de vez em quando.

Não demoraram a chegar no carro. Eric e Wania não paravam de bagunçar nos bancos de trás. Nick e Luciana já estavam tão acostumados que não comentaram nem pediram silêncio. Pelo contrário, aproveitaram a situação para falarem.

L- Parecem que os testes estão dando certo.
N- Acha que é o momento adequado para...
L- Ainda não. Manteremos o nível com Eric. Wania entra no teste em treze dias, quando completar quatro anos.
W- Testes de quê, mamãe?

Luciana e Nicholas se assustaram.

L- Han... Nada, Wan. Assuntos de trabalho com seu pai. Apenas isso.
E- Estamos chegando?
N- Sim. Estamos chegando.

Se dirigiram ao local onde aproveitariam para fazer uma pequena refeição antes de voltarem ao trabalho.







PS: Oh my God!
PS2: Esse post ficou grande :B
PS3: Eu quero um PlayStation 3 :/
PS4: Filho do Carlos. Geeeeeeeeeeeeeente! (que gay)
PS5: Eric é matador. Hahaha
PS6: Em qual lugar eles foram comer? Bateu uma fome :O
PS7: OK. Chega de PSs.

por Igor PhOeNiX_H, às 00:22 -

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03 outubro 2007

Dia 1 - 8:30–9:30

S- Vamos... atenda...
- Alô…
S- Oi, Georges...
G- Sara, eu já disse que não posso ficar atendendo ligações no meio do...
S- Eu sei, eu sei. Mas... pensei que poderíamos almoçar hoje.
G-...
S- Georges...?
G- Agora fiquei curioso.
S- Como assim?
G- Querida, você não me liga há quase uma semana. Evitou minhas ligações nos últimos dois dias. De repente, precisamos almoçar. Acha que sou burro? Mas estou curioso quanto ao que você pode me dizer...
S- Na verdade não tem nada a ver com...
G- Poderia ter evitado atrapalhar minha reunião. É um cliente importante.
S- Ah. Mais importante que eu?

Ouve-se um longo suspiro do outro lado da linha.

G- Estou sem tempo para isso.
S- Você precisa me ajudar com um problema, Georges. Tente ser menos egoísta, nem sempre as coisas tem a ver com você.
G- Achei que tinha a ver conosco. Não só comigo.

Sara fez uma careta. Agora era ela quem não tinha tempo para aquela conversinha.

S- Querido, nos falamos no almoço, está bem? Podemos ir ao lugar de sempre, aquele que você gosta. Que tal? Meio-dia?...

Mas ela só ouviu Georges desligando o telefone do outro lado.


***


A "Nicolau Carpathos" era a melhor escola particular de toda a cidade, e, definitivamente, a melhor do estado. Quem visse de longe não ligaria aquele prédio de 8 andares, todo pastilhado em cinza e verde e muito bem limpo a uma escola ultramente tradicional.

Em uma das salas do Jardim II, dois irmãos brincavam de desenhar. Eric, de 4 anos, era um menino loirinho de profundos olhos castanhos. Já Wania, de 3, tinha suaves cachinhos castanho-claros e belos olhos azuis. Estavam na mesma turma por Eric ter entrado um ano atrasado na escola; mas isso ainda não parecia algo importante no aprendizado.

Passando de carteira em carteira, a professora observava as “obras” dos pequenos artistas em sua turma. Foi quando viu o que Eric desenhava que seu sorriso desapareceu.

Ela se abaixou até a carteira do menino e, forçando o sorriso, começou a conversa.

- Ei... posso ver seu desenho, Eric?
- Uhum...

Observando atento a reação de sua mestra, ele entregou a folha toda rabiscada com a mais pura inocência.

Mas definitivamente não era isso que demonstrava seu desenho.

Depois da aula, a professora teria que conversar com os pais do garoto.


***


- Saia já daí!
- Tragam reforços, estamos no terceiro andar, ala oeste! Repito: precisamos de reforços!

“Droga...”

Estava escondido atrás de uma coluna, e os três seguranças armados apontando suas pistolas para suas costas. Que enrascada... quem diria que sairia da sala de arquivos da empresa e seria surpreendido por aquele pessoal? Aquilo não era bom. Agora, não podia ficar ali nem mais um segundo. Reforços era o que ele menos precisava.

Respirou fundo e correu pelo corredor. Entrou na primeira “curva” possível.

- Atrás dele!!
- Peguem o desgraçado vivo, precisamos saber quem o mandou aqui!

A voz no rádio era certamente do presidente da empresa. O homem estava lidando pessoalmente com ele.

“Hum... interessante”.

Passou esbarrando em engravatados que atravessam a passarela entre os dois prédios.

- PARE!!

“Ele acha que eu vou obedecer?”

Corria procurando uma saída; a essa hora todas as saídas óbvias estariam cercadas, ele precisava ser criativo.

Continuava esbarrando em empresários, secretárias com café, até em um segurança desavisado que resolveu o seguir só depois de ver todos os outros atrás dele, desesperados.

Não podia subir; eram muitos andares acima; não podia descer, o prédio estava cercado. Conseguiu despistar o segurança perdido e percebeu que não havia qualquer saída. Só podia se deixar capturar.

Ou então...

“Posso deixar de ser o Fernando”.

Entrou na primeira sala que viu e trancou a porta.

Só contava com a sorte.














PS: não gostei, foi mais pra atualizar mesmo.
PS2: Nicolau Carpathos! Alguém lembra de algo? huhuhuh


por Tatah, às 00:19 -

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Pylon: (inglês) torre de alta voltagem.

Uma simples música estimulante... ou uma droga poderosa?
Uma coisa é certa: os usuários nunca mais terão suas mentes como eram antes.






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