28 novembro 2007

Dia 1 - 10:15

Em uma sala de reunião:

- Então, como está o andamento do projeto?
- De acordo com o nosso gerente de projeto, estamos em fase final.
- Se é o seu gerente, posso confiar. Tempo estimado para o término?
- Quatorze dias.
- Isso é ótimo! Parece que um marketing com uma mensagem subliminar no meio será o suficiente para ganharmos mais clientes.
- Como estão as reservas?
- Um sucesso. Dos grandes clientes que temos, 95% reservaram essa nova fórmula mesmo sem ter a menor noção do que vem! Dos 5% restantes, 4.98% preferiu esperar e 0.02% não tem mais nenhum interesse por motivo de força maior.
- Aproveitamento excelente. Conseguiremos novos clientes. Meu gerente já prometeu uma fórmula forte, mas ao mesmo tempo perfeita para todo o tipo de pessoa. Nas outras fórmulas era necessário avisar qual tipo de cliente poderia utilizar. Isso é uma grande asneira. Mas vi que a minha equipe é eficaz e conseguiu evoluir rapidamente.
- Está bem. Em alguns dias estarei aqui para discutirmos como está esse projeto.
- Obrigado pela visita. Sabe que se tratando de negócios, é bem vindo.
- Pai! Nicholas e Luciana não estão mais aqui!

Os dois olharam para a figura que entrou na sala. Tinha aberto a porta com força e gritado, como se todos já soubessem que ele faria tal ato.

Depois de um breve momento de silêncio, o "pai", ainda constrangido, fala:

- Quantas vezes já lhe falei para não chegar assim na sala? E outra coisa: não me chame de "Pai", "paizinho", "painho" ou "papai". O meu nome é CARLOS. Entendeu bem?
- Mas... é que Nicholas e Luci...
C- Não me importa se Nicholas e Luciana não estão por aqui. Eles sabem muito bem o que vai acontecer se eles não cumprirem o prazo do projeto. Agora saia. Está dispensado, Sérgio.

Sérgio ainda ficou olhando para seu pai e o outro ser como se esperasse algum deles dizer alguma coisa, mas em instantes já tinha saído com uma cara nada feliz e batido a porta com uma força que parecia ser maior do que a necessária para não ficar apenas encostada.

- Seu filho?
C- O menos querido de todos. Trouxe-o para cá para ver se aumenta o nível dos seus pensamentos. Na minha família, quem "pensa pequeno" é isolado. Por ser meu filho, é a última coisa que eu quero que aconteça, mas começo a perder as esperanças.

O ser ficou em silêncio que foi quebrado instantes depois pelo próprio Carlos.

C- Mas não tomarei seu tempo com assuntos que não são necessários. Então, entrará em contato daqui a alguns dias. É isso?
- Sim. Não é necessário mais ligar todos os dias. Apenas irei te visitar pessoalmente dentro de 72-96 horas.
C- Está bem.

Os dois se despediram cordialmente e em poucos minutos apenas Carlos continuava na sala.

10:45

N- Wan, Eric, o que vão querer?
W- Você já sabe, papai!
L- Eric?

Eric estava com a cabeça cabisbaixa.

N (sussurro)- O que houve com ele?
L (sussurro)- Não sei, mas ao menos você sabe qual é o favorito dele. Peça que talvez ele se alegre.
N- OK. Garçom!

Nicholas pediu as porções favoritas de cada e todos ficaram em silêncio por um tempo. Luciana que fez o favor de quebrá-lo, mesmo não parecendo empolgada ao ponto.

L- Então, Wan. Como foi a escola hoje?
W- Foi legal, mamãe. A 'fessora pediu pra nós desenha'mos.
L- Hum. Muito bom. E o que você desenhou, filha?
W- Desenhei 'quela floresta que fomos nas férias.

Nicholas deu uma risada básica.

N- Filha, aquilo não é uma floresta, é um campo. Onde fizemos piquenique.
W- Ah é. Desenhei 'quele campo que fomos nas férias.
L- E sua professora, o que achou?
W- Ela go'tou do desenho.
N- E você, Eric? O que desenhou?

O menino de quatro anos continuava cabisbaixo e calado.

N- Eric...
L- Deixa pra lá. Ele vai ficar feliz quando chegar o prato dele.

Todos ficaram em silêncio novamente. Apenas Wania falava frases sobre todo o lugar como se fosse a coisa mais impressionante do mundo. Coisa que toda criança normal faz. Se divertia com cada detalhe do local, apesar de já ter visto várias vezes aqueles mesmos garçons, aquele mesmo parquinho para crianças, aquele mesmo balcão..

Depois de poucos minutos, os pratos chegaram.

N- Whoopi! Vamos comer!
L- Eric, meu filho. Seu arroz grego com feijão fradinho está aqui.

Mas Eric estava a mesma coisa desde que chegaram no restaurante.

Nicholas se virou para Luciana quando percebera que Eric não tinha reagido a absolutamente nada.

N (sussurro)- Deixe comigo. Darei um jeito.

Luciana não respondeu. Apenas observou Nick se levantar e ir em direção ao seu filho que estava do lado oposto da mesa.

N- Hey, Eric. Não vai comer? O seu prato está aqui...

E tocou no seu ombro. Eric falou ou ao menos tentou falar algo:

E- Fazrrgrllwettz...

Na mesma hora, Nicholas se aproximou para entender o que seu filho tentou dizer. Luciana não esboçou nenhum tipo de reação. Apenas observava.

N- O que é, Eric? Eu não consegui entender...
E- Dolor sezfoizo... DERJAPIGOBIII!

Na mesma hora, Eric avançou em direção ao seu pai, derrubando-o com uma força sobrenatural.

Quase todas as pessoas do restaurante, incluindo os garçons, pararam tudo e olharam para a cena.

Eric estava quase sufocando Nicholas. Gritando coisas totalmente sem sentido e com uma voz muito grave.

E- SASSÊ! DEWARTZZZ RITOWNERRR!

Nicholas tentava reagir, mas a grande força que apertava o seu pescoço era muito grande. Estava ficando sem ar.

Todos estavam paralisados. Luciana não conseguia fazer absolutamente nada. Até Wania parecia espantada.

Nick tentava falar, mas não saía absolutamente nada de sua boca. Estava sem respirar há muito tempo.

E- ASIWOFXLLLL...

Parou na mesma hora de falar. Desmaiou e caiu no lado direito de Nicholas. Sem esboçar mais nenhuma reação.

O seu pai tentava arrancar todo ar ao redor. Mais um pouco e seria sufocado pelo seu próprio filho.

Pessoas levantaram e foram ao redor de Nicholas e Eric.

- Senhor? Você está bem?
L- NICHOLAS!

Luciana finalmente tinha conseguido falar algo e corria quase tropeçando nas próprias cadeiras em direção ao seu pseudo-marido.

L- NICHOLAS, FALE ALGUMA COISA!
N- ...
L- O QUÊ? EU NÃO ENTENDI!
N- Eric... que... ele... mas...
- Minha senhora, deixe ele respirar...

Luciana se afastou de Nick e apenas o observou.

- Alguém chame uma ambulância!
- Oh, meu Deus! O que houve?
- Levem ele para fora!

Luciana permanecia paralisada enquanto todos ajudavam a levar Nicholas pro lado de fora do restaurante.

Todos a haviam esquecido. Ninguém fez questão de levar seu filho também, talvez ainda com medo de que o menino fizesse exatamente o que fez com seu pai.

Ela olhava como se esperasse Eric acordar do nada e pronunciar as mesmas coisas sem o menor sentido. Tentar atacá-la ou algo parecido. Não sentia medo, apenas espanto, surpresa.

Mas isso não aconteceu. Eric permaneceu imóvel e sua mãe não ficava para trás.











PS: Depois de um enorme hiatus, estamos de volta!
PS2: E com um post gigantesco! :o
PS3: Espantados? Tatah não vai ficar pra trás.
PS4: Medo do Eric? Eu também ._.
PS5: Não. Não contarei quem estava conversando com Carlos. Não por enquanto! :B
PS6: Sérgio? A idéia veio na hora! hahaha
PS7: Não. Não estou com vontade de descrever o Sérgio nesse post.
PS8: Por hoje é só, pe-pe-pessoal.


por Igor PhOeNiX_H, às 04:02 -

- x -



Pylon: (inglês) torre de alta voltagem.

Uma simples música estimulante... ou uma droga poderosa?
Uma coisa é certa: os usuários nunca mais terão suas mentes como eram antes.






PERFIS DOS PERSONAGENS
× clique aqui




PARA DOWNLOAD
× Atualizado em 31/01/2008 - 04:43




PARA ATUALIZAÇÕES VIA FEED
× clique aqui




POSTS ANTERIORES
× Dia 1 - 9:30
× Dia 1 - 9:30-10:30
× Dia 1 - 8:30–9:30
× Dia 1 - 9:00-9:30
× Dia 1 - 8:30
× Dia 1 - 8:00-9:00




LINKS
× Anja Caída
outra história, da Tatah!

× Fim dos Tempos
(comunidade do livro do Igor)

× 70 Anos Depois
(comunidade de outro livro do Igor ¬¬")

× Não sei escrever!
blog da Tatah :B




ARQUIVOS
× setembro 2007
× outubro 2007
× novembro 2007
× dezembro 2007
× janeiro 2008
× fevereiro 2008





CRÉDITOS
× Tatah
× Haloscan
× Blogger


Free Web Counter

online