26 novembro 2007
Dia 1 - 9:30
Sara estava mergulhada em um bolo de papéis. Finalizava relatórios, organizava e catalogava detalhes, depoimentos, pistas, enfim; fazia a burocracia necessária para qualquer investigação. De repente, uma folha de papel lhe chamou a atenção. Era um registro telefônico que lhe passara desapercebido.
S- Estranho...
Sim, era estranho. Aquele era o registro de um dos responsáveis pelo gerenciamento da empresa. Não tinha percebido antes aquelas dez ligações de número não identificado, que aconteceram esporadicamente durante o mês. Como ninguém foi atrás daquela informação? Ou será que Chico tinha mandado alguém atrás daquela pista sem ela saber?
Checou a última página do registro, datava de uma semana antes dali. Foi quando se lembrou que usou o registro como desculpa para atrasar seu relatório, não como uma pista real. Mas lá, naquela última página, viu três ligações que a deixaram confusa.
Pegou a folha e olhou com mais atenção. Aproximou dos olhos, afastou.
Exatamente. Ela não estava louca.
Eram três espaços em branco. Não era nem mesmo um número inexistente; aquilo tinha sido apagado dos registros.
Resolveu que falaria com o chefe.
9:30 Fernando girou a chave na porta; mas subitamente, junto do estalo da tranca, teve um estalo em sua mente.
Lembrou-se da planta do prédio.
F- droga...
Congelou. Não queria se virar, sabia o que ia ver. Como pôde ser tão burro, meu Deus, como pôde??
- Quem é você?
Ao ouvir aquela voz calma, Fernando respirou fundo. Talvez houvesse esperança... ele não sabia da perseguição. Poderia estar sozinho na sala.
- Estamos esperando mais alguém nesta reunião, Georges?
Mas o sentimento logo desapareceu com a segunda voz.
G- Amigo, posso ajudar? Vamos, vire-se!
Bom, não tinha muito o que fazer.
F- Ahn, senhores... - Creio que está na sala errada.
Um arrepio gélido lhe atravessou a espinha de ponta à ponta ao ver quem era. Manteve a calma, a serenidade aparente; tinha aquele semblante de novato perdido.
Mas sabia que, com aquele homem na sala, não duraria muito. Tudo iria por água abaixo.
G- Então? Pode sair? Esta é uma reunião privada, amigo. Está perdido. Aqui não é seu lugar. F- Perdoem-me, mas acabei me desnorteando. Poderia me indicar onde fica o setor verde? Preciso averiguar os resultados de uma pesquisa por lá, e eu entrei esta semana, então acabei- G- Fica no outro prédio, 5º andar. Não sabe seguir as placas? F- Desculpe. E-eu realmente não- G- Sim, sim, claro. Pode sair agora, por favor?
Com um sorrisinho idiota para corroborar aquela versão de "novato perdido", Fernando analisava rapidamente a situação. Pensou que, naquele instante, até o segurança lerdo que o deixou escapar duas vezes já estaria em sua pista. Não podia ficar na sala, não podia sair.
F- Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come... G- O que disse?
Encarou o outro homem, assim como este também o observava de cima abaixo. Droga... por que entrou naquela sala?
O telefone tocou. Georges atendeu. E a expressão que fez não foi nada boa.
- ATENÇÃO! SABEMOS QUE ESTÁ AÍ! SAIA JÁ!!
Ótimo.
Hora de agir.
PS: post todo pela metade, hahahah, eu não sabia quem colocar numa pausa pra voltar ao Fernando, então... esperem pelo Igor XD PS2: é engraçado tentar criar nomes pra personagens, mas tem coisas q saem medonhas ._.
por Tatah, às 23:18
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